Os papéis estampados podem se transformar em lindos presentes
Do mais importante alimento japonês, artesãos são capazes de produzir um papel artesanal de rara beleza, textura agradável, alta qualidade e durabilidade à toda prova
Quem observa os feixes de folhas de arroz reunidos em centros de produção do arquipélago não é capaz de imaginar que daquelas fibras disformes vai surgir um dos papéis de maior
durabilidade e beleza do mundo: o washi.
Papel artesanal que é o orgulho do japoneses, o washi é fabricado manualmente no Japão desde 702, utilizado inicialmente para a impressão de sutras budistas e, posteriormente, para documentos. Com o tempo, os nipônicos foram descobrindo inúmeras utilidades para o papel de arroz. Hoje ele é matéria-prima para a confecção de caixas, embrulhos de presentes, porta-lápis e cestas. Nas casas japonesas, é comum encontrar biombos, papéis de parede, luminárias e outros itens decorativos fabricados com o papel de arroz.
O washi ainda é utilizado para artes japonesas como origami (dobradura de papel), oshiê (pintura de pano em relevo), chigiri-e (desenhos feitos a partir de pedaços pequenos de papel colados em shikishi - placa de papel), e para confecção de bonecos de papel.
Quem observa os feixes de folhas de arroz reunidos em centros de produção do arquipélago não é capaz de imaginar que daquelas fibras disformes vai surgir um dos papéis de maior
durabilidade e beleza do mundo: o washi.
Papel artesanal que é o orgulho do japoneses, o washi é fabricado manualmente no Japão desde 702, utilizado inicialmente para a impressão de sutras budistas e, posteriormente, para documentos. Com o tempo, os nipônicos foram descobrindo inúmeras utilidades para o papel de arroz. Hoje ele é matéria-prima para a confecção de caixas, embrulhos de presentes, porta-lápis e cestas. Nas casas japonesas, é comum encontrar biombos, papéis de parede, luminárias e outros itens decorativos fabricados com o papel de arroz.
O washi ainda é utilizado para artes japonesas como origami (dobradura de papel), oshiê (pintura de pano em relevo), chigiri-e (desenhos feitos a partir de pedaços pequenos de papel colados em shikishi - placa de papel), e para confecção de bonecos de papel.
As delicadas bonecas de papel são um souvenir bastante procurado por turistas estrangeiros
Herança chinesaCriado na China, durante o período Han (105), o papel propriamente dito chegou à Coréia, e depois, ao Japão. O coreano Doncho é considerado o responsável pela introdução do papel no arquipélago, em 610. O washi, como é conhecido hoje, surgiu em meados de 702, nas províncias de Gifu e Fukuoka. Passou a ser desenvolvido em grande escala a partir do período Nara (710). Um fato que marcou época e alavancou a arte do washi foi a impressão, em 770, de 1 milhão de sutras budistas Dharani, que foram colocados dentro dos pagodes japoneses.
A maior produção de washi se deu durante a era Meiji (1868-1912). Em 1901 existiam 68.562 pontos de produção. O número foi caindo até chegar a 400, em 1997.
Atualmente, os maiores centros produtores do papel são as províncias de Gifu, Saitama, Fukui, Tottori, Shimane e Kyoto. Cada região é especializada em determinado tipo de papel. “Como o mercado não é muito grande, cada local de produção se especializou e os papéis têm características diferentes”, explica o comerciante Tsutomu Shimizu, proprietário da Sugamo Washi, em Tokyo.
A folha avulsa do washi, no Japão, custa em média 390 ienes (9 reais). Existem folhas com desenho, mais trabalhadas, que chegam a valer 640 ienes (15 reais). O papel mais caro é o produzido manualmente quanto maior a folha, mais caro ele se torna. Na Ozu Sangyou, loja especializada que existe em Tokyo desde 1653, uma folha de medidas maiores do que 2 m por 2 m atinge o patamar dos 23 mil ienes.
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