sexta-feira, 11 de maio de 2012

A mensagem lida em nossa confraternização do Dia das Mães

Saudade de Mãe!
Coloquei o filtro da arte naquela cena comum, e a luz - que até então estava escondida -, veio surpreender-me com seu poder de claridade.

A mulher simples, mãos calejadas de lida rotineira, 
mulher que aprendeu a curar as dores do mundo a partir de meus joelhos esfolados de quedas e estrepolias.
Aquela mulher, minha mãe, rosto iluminado pela labareda que tinha origem no fogão de lenha. Trazia consigo o dom de 
me devolver a calma, que a vida tantas vezes insistiu em me roubar.Aquela cena: mulher, fogão de lenha, panela preta escondendo a brancura de um arroz feito na hora. É uma das cenas mais preciosas que meu coração não soube esquecer.

Saudade de mãe é coisa sem jeito, chega quando menos imaginamos: um cheiro, uma melodia, uma palavra... uma imagem, e eis que o cordão do tempo,  
nos convida ao retorno da infância.


Como se um fio nos costurasse de novo ao colo da mulher que primeiro nos segurou na vida e agora nos pudesse regenerar.Saudade de mãe é ponte que nos favorece um retorno a nós mesmos; travessia que borda uma identidade muitas vezes esquecida,perdida na pressa que nos leva.

Saudade de mãe é devolução, é ato que restitui o que se parte;é luz que sinaliza o local do porto, 
é voz no ouvido a nos acalmar nas madrugadas de desespero e solidão, através de uma frase simples: Dorme meu filho! Dorme!

Hoje, nesse dia em que a vida me fez criança de novo, neste instante em que esta cena feliz tomou conta de mim, uma única palavra eu quero dizer: Oh minha mãe, que saudade eu sinto de você!


Feliz dia das mães!
Taichirajá I




Maio 2012-05-1
   Taichirajá 

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